domingo, 1 de janeiro de 2012

Cotidiano #6

Como vocês devem imaginar, o assunto desse Cotidiano vai ser sobre a virada do ano. Foi bem complexo se vocês querem saber, não foi só sair e encher a cara ou ficar em casa e encher a cara ou ir pra rua e encher a cara ou simplesmente encher a cara, teve muita organização minunciosamente elaborada pra não dar em nada. Nem aconselho a ler esse, vai ser chatão. Digo logo.

A turma do cursinho combinou de encontrar-se em frente a Mc Donalds, turma essa que continuou bastante unida, embora um pouco fragmentada no sentido de não ter todos os componentes do começo, o grupo diminuiu mas não perdeu a força. É nói. Combinei com o Felipe, pós doc em street dance, de ir com ele e os amigos a partir da casa do próprio, entre os amigos estão o Eduardo Comilão (comparação eufêmica), assim batizado pela nossa mestra Elisa GPS e Aldo Luiz, o cara do dinheiro. Lá eu conheci o Faustão, Matheus, Neguinho e outros que esqueci o nome; velho, eu sou muito ruim pra lembrar o nome das pessoas.  Não demorou muito e já me apresentaram suas respectivas casas e após algumas brincadeiras e apresentações, não só dos amigos que lá conheci mas também do meu primo, Ruan, que veio diretamente de Santana do Ipanema para cá curtir a queima de fogos na orla de Maceió.

No caminho para a orla vi algumas coisas interessantes como uns tipos de divisão territorial: num sítio só haviam jovens de uns treze, noutro sítio senhores de cinquenta, noutro uma igreja - com aqueles caras de terno que ficam na entrada e parecem mais com seguranças - vizinha a um barraco que tocava Mamonas Assassinas, Robocop Gay. É, é a vida, mano.



Chegamos um pouco atrasados lá e de cara já recusamos um convite de venda de ingressos de um cambista para um evento que só custava trezentos reais. TREZENTOS PILA, VELHO! ah, mas é opem bar, jeo. Foda-se que é opem bar! ninguém toma mais de cem reais de álcool pra depois apreciar seja lá qual for a bebida, depois de certo ponto ninguém sente o gosto de mais nada. Além do mais, com a estrutura que tava ali, o som dava pra ser escutado do lado de fora. Então, tsc, tsc...


Enfim encontramos a Elisa, sua mãe, irmão e a amiga Ingrid. Elisa com um vestidão colorido, nunca tinha visto ela com um. Tava lindona, mas linda mesmo tava quem o Eduardo beijou logo no início da noite. Ele beijou a Cocos nucifera, ou Coqueiro para os mais íntimos. Hahaha! Antes dessa pegação, estávamos (apenas a galera do Jaça e eu) acompanhando o requintado Aldo que buscara uma tenda de tapioca para saciar as Ascaris lumbricoides, ou Lombriga para os íntimos. E antes disso encontramos com um dos nossos professores, o profesor de portugueis Marcílio.

Legal, bacana, conversa aqui, piada acolá, psiu pras meninas ali, quarenta reais para sentar. COMÉ, VÉI? isso mesmo, parceiro, se quiser uma cadeirinha de feira para sentar tem que pagar dezinho. Não pagamos, só a dona Elisabete porque ela é fidalga, merece, pode. Entretanto, no lugar que a gente alugou a cadeira fomos maldosamente caloteados, usaram da nossa ignorância para proveito próprio! Mas não foi problema porque nossa central de informações, mais conhecido como Aldo, conseguiu o mapa das instalações costeiras para melhor apreciação da queima. De fogos. Ninguém vai entender essa piada, jeo, tire na edição. Okay!? Okay.

Momentos antes do início do novo ano preparamo-nos para estourar os champagnes, e como vocês não sabem o Eduardo (não) é perito nessas situações de alta periculosidade, ele e o Matheus. Resumindo, assim que abriram o lacre a rolha saiu! Eles ficaram lá tampando as garrafas com o dedo pra não entrar areia e essas cosias até a hora dos fogos, mas não antes de se molharem com a ferocidade de oito ursos pardos ocasionando o pânico alheio. Eu corri, corri como o vento, por uns dois metros antes de tropeçar e esbarrar no Faustão e não caí! Victory.

Vou dar mais um dos meus fast forward na história aqui e pular pra parte da saída (fail). Já estávamos rumando à parte norte da orla para irmos embora, depois de vermos uma plataforma de fogos pegar fogo e depois da guerra de golpes de bunda. Amigo, a Ingrid é animal nessas brincadeiras, pior que ela nem ameniza o negocio, ela joga pra ganhar mesmo, no caso de ontem ela jogou pra nocautear. Vi tudo branco por alguns minutos e depois comecei a sentir as pernas novamente. Hoje as moletas já me caem bem.

Teve também uma fita com o mano Felipe que não posso contar aqui sem levar dois processos depois, então só vou fazer esse charme e vos deixar na curiosidade. Obrigado. Saca eu e o malandro aí -, eu sou o branco. Esse aí no canto é o irmão Aquaman, Anfíbio, Mão Suada ou Davidson para os mais íntimos.


Pô, eu dei uma desviada legal. Voltando, a gente procurou novamente um lugar que estivesse tocando algo diferente de swingueira e mpb, musica eletrônica pra ser mais exato. Nessa nossa peregrinação acabei observando uma galerinha, nela tinha uns garotos dançando com o intuito aparente de quebrar a lombar ou estavam apenas ensaiando um coito. Não sei qual das duas realmente era, mas era facilmente notável ver as menininhas ofegantes de desejos por aqueles dançarinos. O que se argumenta em defesa disso? Posso saber?

Só achamos um som agradável depois do Posto Sete depois de ver uma galera homoafetiva de boa, finalmente. Finalmente para os dois casos, é bom ver que a galera tem agora essa liberdade e não ficam deveras taxados por ficar com quem querem e finalmente porque enfim encontramos um cidadão que com certeza vai para o céu com tripa e tudo, como diria meu pai. Ele tocava Guns 'n' Roses no porta mala do carro. Antes a gente passou por uma casa que tava tocando eletrônica, só que ninguém parou. Pô, Jeo, este texto tá anacrônico demais. Vê isso aí! Foi mal.

Quando a gente encontrou o som do Guns veio a ideia de ir embora para casa e por eu ver todo mundo decidido a ir, já com a mão na porta do taxi eu resolvi ligar pro Veio, ou Pai para os íntimos, para este vir buscar a mim e ao meu primo. No meio do telefonema perguntei ao meu pai se ele poderia levar a galera no carro, que somando todo mundo dava nove pessoas, um carro cabe cinco. E eu esqueci de dizer que alguns outros já tinham ido embora, sobrando apenas eu, meu primo, felipe, Junior, Ingrid, Elisa e Tia. Meu pai concordou em tentar levar essa cambada toda no Mile veio de guerra, só que o Felipe preferiu ir de taxi, como consequência, o transporte da galera ficou mais fácil. Antes que desse tempo do meu pai abrir a porta da garagem eu percebi que dois espertos agentes da SMTT estavam de butuca no lugar que marquei, então liguei para ele de novo remarcando o local.

João Davino era o próximo local, partimos castos, alegres, lépidos e fagueiros ao local de embarque quando por maldade da natureza eu avisto um hominídeo fêmea supostamente urinando na calçada, uns doze metros a nossa frente. Comentei com a Elisa discretamente sobre isso, mais ou menos assim:
AÊ, OLHA A MIJONA AÍ! HAUAHUAHAUAH
Mentira, não falei assim, falei de outro jeito que não lembro agora, um jeito mais discreto. Entretanto a Elisa só veio perceber tal malignidade quando a madame começou a ir se levantando e junto a ela a calcinha, também foi na hora que a mesma comentou:
"Tem que mijar direitinho pra minha calcinha não ficar com menstruação."
É, vei, foi isso. Pronto. Fim de papo. Mentira de novo. O retorno foi tranquilo, voltamos em paz, o Senhor nos acompanhou, coisa e tal. Hoje, domingo, eu fiquei em casa só no remorso pensando por que raios não ficamos mais tempo lá, já que tínhamos encontrado um local bom com música boa? Num é? Queria ter ficado até depois que o sol surgisse. Agora é tarde, só nos resta correr atras do que queremos. Eu prefiro a expressão conquistar o que queremos porque sou sedentário... Brinks. 


É isso, gente, tentem sempre, um dia dá certo.
"Se não reconhecem você pelo teu talento, te reconhecem pelo teu esforço" - Gustavo.
Não sei se esse cara já falou isso pra outros jovens, mas tá aí uma parte da conversa que tivemos que eu vou lembrar. Sim, ele é ex-guitarrista da Hevo84 e agora toca um puta som pesado. E antes que eu esqueça o não dar em nada que eu coloquei na introdução foi referente ao álcool que não bebi. Absolutamente nada, nem um mol. Aliás, não bebi nada e nem comi nada além de um chiclete de melancia que me deu muita fome depois.

Sintam-se felicitados por este humilde blogueiro na validade de um ano.



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