sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bons, forçados, modos.

Outro dia eu estava numa apresentação de final de colégio do meu sobrinho. Resumia-se em apresentações de instrumentistas aprendizes, cantores e alguns comentários sobre o trabalho do colégio cristão. A cada intervalo entre as apresentações…
… eu ficava pensando:
As pessoas batem palmas por incentivo ou por convenção?
Um dos organizadores, que também era cantor, sempre elogiava os alunos e dizia que eles já estavam tocando e cantando como gente grande. Pois eu fiz questão de avaliar cada um nos mínimos detalhes. Não que eu seja um experto em música, apenas tenho um olho crítico. Foi até complicado.

Por fim, eu percebi que os que tocavam cavaquinho pareciam físicos teóricos. Só liam e repassavam o que viram na partitura ignorando totalmente o feeling e as quebradas, a própria ideia da música. Apenas jogavam as notas. Até que não erravam tanto, mas isso não influenciaria tanto a minha opinião. Tinha gente que saia feio do ritmo e mesmo assim as pessoas aplaudiam e eu não estava de fora.

Eu acho um absurdo as pessoas não baterem palmas para os músicos, é o mínimo de reconhecimento, mas quando eu vi aqueles meninos me veio essa questão.
  • Estavam somente seguindo a maioria.
Isso quebra muito a crítica pessoal. Lógico que eu sei que as pessoas são muito influenciadas pelo coletivo, não sei explicar isso cientificamente e fiz questão de não estudar sobre isso antes de escrever isto. Só vou transpor esse pensamento que tive naquela hora.

Isso acontece também quando passo pelo centro da cidade e estão lá aquele pessoal que distribuem propaganda nos panfletos. Eu costumo perguntar o que é quando não sei o que tem naquele panfleto. Eles ficam chateados se alguém não quiser receber, oras. Eu e nem ninguém é obrigado a aceitar isso e muito menos deve pegar pra depois jogar fora, é um incentivo à violência. sim, eu acho que é violência forçar outros a querer algo, nem que seja informação.

Saindo um pouco da história inicial:
Certa vez quando fui a Aracaju, meu pai tinha que entregar uma encomenda a sua amiga e essa, de uma forma bastante ousada, tomou o resto das decisões que caberia apenas a nós.

Decidiu:
  1. Onde e o quê almoçaríamos (e quem pagaria)
  2. Onde passaríamos a noite
  3. Onde dormiríamos
  4. Pra onde iríamos nos seguintes dias
  5. E com quem iriamos
O argumento que meus pais deram para justificar essa aceitação foi que ela tinha-nos hospedado em sua casa. Mas quem pediu isso? Nem lá queriam dormir.
Enfim o que eu quero tratar é isso, não sigam esses tipos de pensamento. Parem, pensem, sejam gentis, não imponham. É esse meu conselho.

~ Vou deixar aqui uma foto da apresentação do meu sobrinho tirada pelo próprio.


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