segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Experiência fail de quase morte.

É uma história que aconteceu comigo no começo do ano, quando eu voltava para casa com meu amigo Igor, ou Igor Doideira para os íntimos. Nós acabáramos de comprar cordas novas para nossas guitarras no centro de Maceió, comumente chamado de comércio, não sei qual o certo. enfim, estávamos voltando como de costume a pé - sim, trata-se de mão-de-vaquice aguda altamente contagiosa -, mas é melhor eu contar essa história do começo pra que vocês entendam melhor como foi que começou essa aventura toda que é um tanto cut scenes, mas eu aposto que vocês vão gostar nem que seja um pouquinho. Então pode parar de xavecar aquela menininha no msn que vc não vai pegar mesmo e venha ler meu blog pra eu ficar rico.

Ciclicamente, os músicos que usam instrumentos de cordas tem que trocá-las por novas, visto que o ph do suor e a oxidação tiram o brilho de sua sonoridade. (Gostou?) Pois bem, eu e o Igor sempre vamos comprar lá no comércio, ele compra as do violão e da guitarra e eu apenas do violão porque o encordoamento que uso na minha guitarra não vende nas lojas do centro. Na verdade eu uso qualquer 0.11 na minha stratocaster, que é a minha antiga e não tão requintada, esse tipo de corda vende lá no comércio, mas como ela está meio parada, não foi por isso que fui lá, foi pelo violão e pelos maravilhosos 780 mililitros de caldo de cana. Eu não sei se é essa a medida, sei que fica próximo de um litro. E mais, onde a gente compra pode tunar o caldo. Isso mesmo, jovem propenso à diabetes tipo incurável, você pode adicionar limão (preferido) e pó de guaraná - que sempre que eu tomo isso ficou louco, hiperativo, muito hiperativo, muito, muito mesmo, tipo, muito. Por enquanto só me lembro disso, mas se não me engano tem outra(s) coisas pra colocar no copão.

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Como eu disse lá em cima, fomos caminhando, pra manter vigorosa a circulação sanguínea e os pés sujos. É porque a gente anda de chinelos, tipo havaianas. Poeira, chão, carros, carbono em suspensão... Eu lembro que a gente ia falando de skate como sempre. Nessa época eu ainda sabia dar uns pinotes naquela prancha da liberdade, eu só não usava dorgas, mas levava grito do povo cujos tinham a calçada invadida por nós e outros, também me taxavam de ladrão, os policiais me paravam pra revistar e deixava outras pessoas de boa por aí. Realmente, skatista sofre discriminação. Desviado do assunto, passamos logo no Geraldo que é um comerciante camelô de filmes, só não vende filmes religiosos nem pornos. O cara é foda.


ATENÇÃO PARA A DICA DE TROLLAGEM: Se você é um morador de maceió, passe na Rua das Árvores e procure por um senhor chamado Geraldo, encontrando-o, pergunte se ele tem dvd de sexo ou dvd do padre Marcelo. Aguarde xingamentos nunca antes ouvidos pela humanidade, filme tudo e mostre aos amigos.

Depois disso fomos lá comprar as cordas e paquerar as guitarras. Ah, aquelas lindas com corpo de violão...
Na sequencia fomos ver animes, sim, animes. Gostamos disso também. Aí passamos no Gêneses que trabalha para o Junior, filho do Geraldo. Eles tem uma banca de dvds em frente ao Pastel Japonês que tem o Super Japonês e o maldito Romeu e Julieta. Tá, vou parar pra contar outra história outside.

Eu estava lá nessa lanchonete com o Igor e decidi pedir um Romeu e Julieta. Vocês precisam saber que aqui perto de casa tem uma lanchonete, Passaporte do Gilmar, que tem um sanduíche, regionalmente chamado de passaporte, com recheio de frango e carne e se chama Romeu e Julieta, então eu pensei que esse seria o sabor do pastel. Mal sabia eu que o destino estaria pregando mais uma de suas pegadinhas ardilosas. Começo a comer tranquilamente conversando com o Igor e com o Daniel outro funcionário só que de outra banca do irmão do Junior, quando começo a me intrigar.
Cadê o recheio? Só tem queijo aqui... E QUE PORRA É ESSA?
Deparo-me com uma fatia de goiabada e começo a reclamar com meus amigos. Que sacanagem! No final das contas o Daniel me explicou como era a situação e eu fiquei com o remorso de ter gasto meu dinheiro naquilo. Até Hoje o Igor tira onda com essa história.

À caminho de casa decidimos ir pela Cambona, um bairro aqui perto das nossas respectivas casas e após chegarmos num cruzamento que só podia ter sido projetado pelo satanás enquanto rezava o terço no último dia de novena do mês de maio. Nunca parava de passar carros, NUNCA! Você, maceioense, sabe qual é o cruzamento perto do colégio do SESI que vai dá no Pague Menos e sabe que ali a parada é lôka. Os carros passando a milhão, os maloqueiros melando o carro de todo mundo com a água daquele rio de dejetos e o semáforo prestes a suicidar-se, ninguém respeitava as regras ali. Nem preciso mencionar o calor desértico daquele verão.
Um estágio para o inferno - Zé.
Sentimo-nos forçados a arrodear por outros sítios. Fomos em direção a rodoviária para subir numa rua que só se tinha acesso passando pelo retorno, estávamos do lado esquerdo da calçada e os carros vinham no sentido contrário ao nosso movimento quando de repente...               POW

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Os pedaços dos carros voando sobre nossas cabeças, passando perto demais até o cheiro do óleo escorrendo, os meninos gritando, a fumaça pintando o ar, essas coisas típicas dum enredo desses. Eu não pensei em nada nesse momento, nem tipo um "nossa, foi por pouco" ou um "que sorte". Apenas aconteceu e eu estava ali, uns quatro metros de distância.

Foi uma Ranger que tinha misturado as tintas com um Pálio, ambos novos, modelo do ano. Esse ano (2011).  Isso aconteceu em janeiro ou fevereiro quando eu tava começando com minha ex-namorada, era até esse o assunto da conversa na hora do acidente. O Pálio estava fazendo o retorno quando a Ranger que provavelmente vinha na banguela a ladeira inteira abraçou a porta esquerda do pequeno e empinou a carroceria inteira quase efetuando uma manobra que deixaria a Daiane dos Santos se sentindo uma velha de 89 anos com três derrames e duas hérnias de disco.

Depois disso a gente ficou uns trinta segundos admirando aquela obra de arte abstrata feita ao vivo e decidimos o que qualquer garoto sensato decidiria: ficar pra ver a briga. Só eu que sou muito responsável e disse:
Não! Vamos subir logo, pode ser que algo venha a explodir.
Então sugeri ver lá de cima.
Bom, foi só isso. Não aconteceu absolutamente nada, nem os caras brigaram nem nada mudou na minha vida, apenas tive uma história interessante pra contar aqui pra vocês. E vocês podem olhar o local exato que fica embaixo dos links de divulgação só que só é liberado após você comentar e compartilhar esse tão amado blog. Até.

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